ESTAREMOS SEMPRE EM FORMAÇÃO, by Byghal

Aquela frase já desgastada, de que o Avaí perde pra ele mesmo, a cada jogo fica mais verdadeira.

Tenho dúvida se este time, que jogou muito em alguns jogos, como aquele contra a Chapecoense, pelo menos no primeiro tempo, e jogou nada em outros tantos, tem condições de, pelo menos, manter-se na Série A.

Nosso miolo de zaga é horrível, até porque o Emerson já não é nem sombra do jogador que foi no Avaí e, o Jeci também não é um grande jogador.

O resultado disso são os gols tomados por falhas individuais.

Falta liderança, realmente, dentro e fora do campo, falta alguém pra organizar e, não adianta só ter punido o Hugo.

É preciso decidir, é preciso comando, não apenas na parte disciplinar.

Precisamos de definições, quem decide fora do campo? Quem decide dentro de campo? Quem vai fazer todo mundo se manter fiel aos objetivos do clube, em detrimento de objetivos pessoais?

Quem é o batedor de pênalti do Avaí?

Não é o técnico que tem que fazer treinamento e eleger o batedor?

Acho que sim, mas nosso técnico, como todos os que passam pelo Avaí, está indo bem, mas agora entrou na fase da invenção e, isso é sinal de que tudo pode ir mal ai pela frente.

Perdemos o primeiro volante, o Renan. O Kleina deveria ter colocado o Adriano, que é primeiro volante, mas inventou o Pablo (mil utilidades) como primeiro volante e ele, claro, não conseguiu fazer com que a gente esquecesse o Renan.

Nossos jogadores não são totalmente bons, nem totalmente ruins, mas são instáveis, por vezes jogam muito e, por vezes jogam nada. 

Tauã deu um passe de craque para o gol do André contra o Cruzeiro, porém, sábado fez nada e demorou a ser substituído.

Renan Oliveira começou a mil, fazendo lançamentos que me lembraram o Gerson nos bons tempos, depois de vinte minutos, porém, sumiu do jogo.

Esse Juninho o que faz no Avaí?

O cara joga na Seleção do Timor Leste e acha que é craque, que tem o direito de tomar a bola do companheiro e bater o pênalti, com a displicência característica de um perfeito pé-de-bruxa, que pelo andar da carruagem fará muito pouco ou quase nada pelo Avaí.

Nosso ataque é uma piada, não só pelo jogo de sábado, mas um gol feito pelo nosso ataque tem suas dificuldades comparáveis a um parto difícil.

Ontem, na única jogada bem tramada, saiu o nosso gol, mas no geral, nosso ataque não mantém a bola, não tem lucidez pra envolver a defesa adversária.

Chutes de média distância, são raros e inofensivos, exceção feita àquele do Anderson não tem?

Nossos escanteios e bolas cruzadas na área, são, invariavelmente, jogadas na mão do goleiro, dando condições de armar um contra ataque, principalmente nos escanteios, quando nossos zagueiros estão na área adversária.

Eu acho que ainda seria importante a contratação de um zagueiro e um centroavante não muito gordo.

Precisamos de um centroavante que use bem o corpo, que proteja a bola e mantenha a posse, que chute no gol, porque a função do centroavante é fazer gol e, isso se faz chutando a bola no gol.

Quantas bolas chutou no gol o William, no jogo de ontem? 

Vamos torcer para que o Néstor Camacho seja um bom jogador que mostre isso dentro de campo e não se esconda, que volte o Marquinhos, que suma o Juninho, que o Kleina desista de suas invenções.

Bem tenho que dizer: Não é momento de fazer terra arrasada, nosso time está e, pelo jeito estará, ad infinitum, em formação.

Quero deixar claro, para os mediadores de plantão, que não estou dizendo que está tudo errado, apenas, quase tudo.

Byghal.

* Luiz Augusto "Byghal" da Costa é associado do Avaí FC