quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Como um bombril na antena, by Alexandre C. Aguiar

O Avaí Futebol Clube mantém sua saga rumo à série A com muita força e determinação. Difícil imaginar que, de alguns meses para cá, um time desacreditado e improvável pudesse reverter tudo isso e hoje se tornar o astro principal deste campeonato. Há algumas rodadas, damos as cartas e jogamos com uma vitalidade impressionante. Isso prova que soluções simples, sem muitas firulas, são as que nos dão melhores resultados, assim na vida como na arte. A propósito, o próprio treinador do Avaí vem falando isso desde que chegou na Ressacada
Dizíamos também, eu e meus amigos mais próximos, que a solução para o Avaí poder mudar seu padrão de jogo era retirar os tais tenores do time. De monstros (palavra que vive na boca e na ponta dos dedos de oportunistas) tornaram-se empecilhos consideráveis. O time do Avaí não rendia em campo o que se esperava, os “ídolos” jogavam no nome e os demais jogadores praticamente caminhavam em campo. Os aduladores de ocasião afirmavam que trocar Eduardo Costa, Marquinhos e Cléber Santana por Eduardo Neto, Marrone, Pablo e companhia era opção de burros e de quem não entendia de futebol.
Pois aí está a prova! Jogadores que jogam mais simples, mas com muita disposição, é o que está dando resultados, porque é assim o futebol. O Avaí não dá espetáculos, não joga partidas assombrosas, não vence dando olés. Ele faz o simples. Resolve seus problemas da maneira mais prática possível. E mantém a máxima mais lógica do futebol: time bom é aquele que ganha e time ruim é aquele que perde.
O Marcos, por sua vez, resolveu fazer aquilo que sempre se esperou dele. É um ex-jogador que decidiu dar sua contribuição na experiência e no talento que lhe sobra. Até porque, conhecendo Geninho como se conhece, seria ele a bola da vez para ir ali pescar na Ilha do Campeche ou tirar marisco no Morro das Pedras. Mas, porque ainda lhe resta alguma avaianidade, entendeu que seria útil no time fazendo o que lhe compete. Não precisa cobrar escanteios e correr para cabecear e nem cobrar faltas e atrapalhar a barreira, como apregoam seus idólatras ensebados. Basta fazer o simples e já é o suficiente.
Claro que ainda estamos longe de qualquer definição, as rodadas se arrastam, muita água vai rolar, mas o jogo desta terça-feira contra o Sampaio Corrêa deu sinais de que, verdadeiramente, estamos com um pé no caminho certo. Se nenhuma vaidade aflorar daqui a pouco, como aquela que sabemos que foi feita no campeonato passado, e vimos e ninguém nos contou (algo negado por titias de internet e fotoxopeiros ávidos por audiência), podemos preparar a festa.
Do jeito que está indo, no ano que vem estaremos na elite do futebol nacional. É só fazer o simples.
* Alexandre Carlos Aguiar é associado do Avaí FC, proprietário do blog Força Azurra e um dos colaboradores do portal Todo Esporte SC

6 Comentários:

Anônimo disse...

CARLOS AVAIANO

ANDRÉ, SÁBADO QUANDO PASSEI EM FRENTE AS BILHETERIAS COM A MINHA CARTEIRA DE SÓCIO NO BOLSO,E VI UM TUMULTO GRANDE NA COMPRA DE INGRESSOS, PENSEI: QUE BANDO DE SIMPATIZANTES OTÁRIOS.
CONTINUO COM MEU INGRESSO NO BOLSO, E POR R$27,00 MENSAIS.
ONTEM ME CUSTOU R$9,00.
RESULTADO DE TRÊS JOGOS EM CASA NO MÊS.
QUEREM MAIS BARATO QUE ISSO E TIME BOM, NEM NA VÁRZEA.

André Tarnowsky Filho disse...

Carlos Avaiano,

Isso sem contar que podes estar acumulando uma série e descontos em vários setores da Ilha, num supermercado, por exemplo, onde o valor pode até superar tua mensalidade...

Anônimo disse...

Carlos Avaiano

Sim sei, mas parece que os simpatizantes desligados não conseguem perceber nem o beneficio do ingresso jogo a jogo, esses outros benefícios então;

André Tarnowsky Filho disse...

Carlos Avaiano,

Sim, e normalmente é aquele pessoal que sobre o clube só quer saber do que toca nas ondas do rádio...

Anônimo disse...

É, esse time do Avai está muito parecido com aquele que a gente quer.
Talvez com aquelas contratações pontuais, a gente consiga um retrato perfeito ecabado daquilo que maquinam as nossas mentes, já inundadas por lances conhecidos da festa comemorativa da inclusão de mais uma estrela no peito, como um azul inconfundível escondendo a Beira-Mar, o caminhão dos bombeiros vermelho e azul, acompanhando a nação azurra fora de controle e etc.
Claro que ainda é cedo, mas considerando um time que sai da lanterna para a liderança, com um futebol consistente e um grande trabalho extra campo, não custa nada sonhar um pouquinho mais, mesmo porque estamos no caminho certo.
A luta continua, tem muito ainda aí pra frente, mas eu acredito.
Bighal.

André Tarnowsky Filho disse...

Bighal,

Se é verdade que é o time parecido com o que maquinam nossas mentes, elas também estão atentas ao passado nem tão distante...

Portanto, vamos "jogar juntos", mas toda cautela é pouca...

Virou postagem!

Abraço!

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